Vários textos com interpretação


MARGARIDA FRIORENTA

              Era uma vez uma Margarida num jardim. Quando ficou de noite, a Margarida começou a tremer. Aí passou a Borboleta Azul. A Borboleta parou de voar.
          ___ Por que você está tremendo?
          ___ Frio!
          ___ Oh! É horrível fica com frio e logo numa noite tão escura!
         A Margarida deu uma espiada na noite. E se encolheu nas suas folhas. A Borboleta teve uma idéia. E voou para o quarto de Ana Maria.
          ___ Psiu! Acorde!
          ___ Ah! É você, Borboleta? Como vai?
          ___ Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
          ___ O que é que ela tem?
          ___ Frio, coitada!
          ___ Então, já sei o remédio. É trazer a Margarida pro meu quarto!
A Margarida ficou na mesa de cabeceira. Ana Maria se deitou, mas ouviu um barulhinho. Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo. Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.
        A Margarida continuou a tremer. Ana Maria acordou com o barulhinho. Então Ana Maria descobriu tudo. Foi lá e deu um beijo na Margarida. A Margarida parou de tremer. E dormiram muito bem a noite toda.
                                                                                 Fernanda Lopes de Almeida

01) Responda:

a-  Por que a Margarida começou a tremer?
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b-  O que a Borboleta fez para a Margarida?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c-   O que você acha que aconteceria a Margarida se ela ficasse no jardim?
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d-  Quais os personagens da história?
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Quando o céu fica preto daquele jeito, todo mundo aqui em casa vai ficando preocupado.
A gente pensa que a casa da gente é um lugar seguro e tudo, mas o problema aqui é a chuva. 
Começa a chover e a gente corre para olhar na janela. A água vem vindo assim como quem não quer nada... sobe na calçada... vem mais um pouquinho... aí chega no portão e depois, com os carros que vão passando na rua e fazendo onda, mais a chuva que não para, logo ela entra por baixo da porta da sala.
Aí, é fogo! A gente sai correndo, pegando tudo que pode molhar, que nem blusa e travesseiro, e vai pondo em cima do guarda-roupa e até amarrando no teto!
Chegar lá no teto, que nem naquelas casas afogadas que se vê na televisão, aqui em casa nunca aconteceu. Não sei se isso é uma sorte...
Uma coisa bem ruim não é menos ruim porque tem coisa pior, não é?
Eu gosto de brincar na chuva. Mas o problema que eu descobri é que o legal de brincar na chuva é quando a gente tem um lugar seco pra ficar depois. E isso não tem aqui, não.

Fernando Bonassi. Vida da gente. Editora Formato, p. 20.

1) Nesta crônica, que problema é descrito pelo narrador?
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2) Leia o título da crônica. O que significa a expressão “é fogo”?

“Quando chove é fogo, viu!”
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3) Em uma destas frases, a palavra fogo tem significado semelhante ao da frase anterior. Identifique-a.

a) Minha mãe sempre diz que criança deve ficar longe do fogo.

b) Pedrinho é fogo! Toda semana seus pais comparecem à escola porque o menino vive aprontando!

c) Minha cabeça está pegando fogo!




O porquinho feio

               Era uma vez uma mamãe pata que tinha cinco filhotes. Quatro deles eram os patinhos mais lindinhos, fofinhos e amarelinhos que você pode imaginar.
             Mas o quinto era cor de rosa, tinha focinho e um rabinho enrolado.
            “Ele é muito crescido para a sua idade”, pensava mamãe pata. “Será que ele é um filhote de peru como todos dizem?”
             Mamãe pata levou seus filhotes para a aula de natação no lago. Todos os patinhos pularam logo na água, até o cor de rosa, apesar de ele não nadar tão bem como seus irmãos.
            “Bem, aquele patinho com certeza não é um peru!”, pensou sua mãe.
            No dia seguinte, chegou a hora de grasnar. Mamãe pata soltou um QUAC e cada um de seus filhotes a imitou.
            Mas, quando chegou a vez do patinho cor de rosa, no lugar de QUAC, ouviu-se ÓINC!
           ―Ele não é um pato! –gritaram todos. ―Ele é um porquinho feio, e não pertence ao nosso meio!
           E, assim dizendo, enxotaram o porquinho dali.
           Cansado, faminto e abandonado, o porquinho feio vagou durante vários dias em busca de um novo lar.
           Mas nem o passarinho lhe dava atenção.
           ―Suma daqui, seu porquinho feio! – gritavam, assim que o viam.
           Um dia, o porquinho feio chegou a uma fazenda, e viu alguns porcos.
           Aproximando deles falou:
           ― Eu sei que sou um porquinho feio, mas será que posso ficar aqui, morando com vocês?
           ― Um porquinho feio?! – eles exclamaram.
           ―Você é o porco mais lindo que já vimos!
           E, daquele dia em diante, ele viveu feliz para sempre.




Interpretação do texto

1 – Quem são os personagens da história?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2 – Qual foi a primeira lição que a mamãe pata ensinou a seus filhotes?
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3 – Quando foi que a mamãe pata descobriu que o porquinho não era um pato?Por quê?
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4 – O que a mamãe e os patinhos fizeram com o porquinho depois da descoberta? Assinale a resposta correta:
(    ) Ensinaram o porquinho a ser como um pato.
(    ) Mandaram o porquinho embora.

5 – Quanto tempo o porquinho vagou à procura de um novo lar?
______________________________________________________________________________________________________________________________

6 – Em que momento da história o porquinho conseguiu ser feliz?
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7 – A história conta que nem um passarinho quis lhe dar atenção. Copie da história o que o passarinho disse a ele.
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CATAPIMBA

          Vocês hoje vão ficar conhecendo um grande amigo meu: o Catapimba.
                 Está claro que o nome verdadeiro dele não é esse. Onde é que já se viu gente com esse nome?
                  Ele se chama José dos Reis. Mas arranjou este apelido jogando futebol lá na nossa rua.
                Catapimba é o centroavante do nosso time, a Estrela Dalva Futebol Clube.
                Quando pega na bola – e Catapimba sempre pega na bola -, ele avança pelo meio do campo, dribla um, dribla dois, dribla todo mundo e ...Catapimba!...
            Mais um gol para a Estrela Dalva.
                                                           ( Ruth Rocha )
Leia o texto e responda:
a) Quem vocês vão ficar conhecendo?
_______________________________________________________________

b) Que posição Catapimba ocupa no time?
_______________________________________________________________

c) Como se chama o time?
_______________________________________________________________

d) O que Catapimba faz quando pega na bola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2- Marque a resposta certa:

a) O nome verdadeiro dele é:  (   ) Catapimba dos Reis
                                                   (   ) João dos Reis
                                                   (   ) José dos Reis
    
b) Catapimba arranjou esse apelido jogando: (   ) pião na rua
                                                                              (   ) futebol na rua
                                                                              (   ) futebol na escola
3- Retire do texto:
a) A autora __________________________________________
b) O título ___________________________________________
   c) Um nome próprio ___________________________________



                                                   AS ÁRVORES E O MACHADO

           UM HOMEM FOI À FLORESTA E PEDIU AS ÁRVORES QUE LHES DOASSEM
UM CABO PARA SEU MACHADO. O CONSELHO DAS ÁRVORES CONCORDOU COM SEU PEDIDO E DEU A ELE UMA JOVEM ÁRVORE PARA ESTE FIM.
           LOGO QUE O HOMEM COLOCOU O NOVO CABO NO MACHADO COMEÇOU A USÁ-LO EM POUCO TEMPO HAVIA DERRUBADO COM SEUS POTENTES GOLPES AS MAIS NOBRE  E MAIORES ÁRVORES DA FLORESTA.
          UM VELHO CARVALHO, LAMENTANDO A DESTRUIÇÃO, DISSE A ÁRVORE QUE ESTAVA AO SEU LADO:
           ___SE NÓS NÃO TIVÉSSEMOS ATENDIDO AO LENHADOR, DANDO - LHE MADEIRA PARA O CABO DO SEU MACHADO, VIVERÍAMOS AINDA CENTENAS DE ANOS.

  MORAL: QUEM QUER PROTEÇÃO, PROTEJA SEU PRÓXIMO.
                                                                                    FÁBULA DO ESOPO

COMPREENDENDO E INTERPRETANDO O TEXTO

1-RESPONDA:
A)           QUAL O NOME DO TEXTO?

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B)           QUE TIPO DE TEXTO É ESSE?

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C)           O QUE O LENHADOR QUERIA DAS ÁRVORES?

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2- DE QUANTOS PARÁGRAFOS É COMPOSTO O TEXTO?

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3- COPIE O 4° PARÁGRAFO DO TEXTO.
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______________________________________________________________________

4-  COLOQUE (V) PARA VERDADEIRO E (F) PARA FALSO

    (   )   O LENHADOR PEDIU ÁS ÁRVORES UM CABO PARA SEU MACHADO.

    (    )   AS ÁRVORES NÃO ATENDERAM AO PEDIDO DO LENHADOR.

    (     )   ESSA HISTÓRIA SE PASSA NUMA GRANDE CIDADE.

    5-  COLOQUE AS FRASES EM ORDEM DE ACORDO COM O TEXTO

(     )  LOGO QUE O LENHADOR PREPAROU O CABO DO MACHADO,
COMEÇOU A DERRUBAR AS MAIORES ÁRVORES DA FLORESTA.

(     )  UM LENHADOR FOI Á FLORESTA E PEDIU ÁS ÁRVORES QUE LHE
DESSEM UM CAB O PARA O SEU MACHADO.

(     )  O CONSELHO DAS ÁRVORES CONCORDOU COM SEU PEDIDO E
DEU A ELE UMA JOVEM ÁRVORE PARA ESTE FIM.

                                                                          A tagarela
             Cecília: simpática, alegre, inteligente. Mas como falava! Muito. O tempo todo.
             Sem parar. Cecília, pra resumir, falava pelos cotovelos...
             Deixava os pais tontos, de tantas coisas que tinha pra contar e pra perguntar. Cecília era um poço sem fundo.
             ___Mãe, você sabe da última lá da escola? A Júlia falou pra Ana, que contou pra Helena, que...
            ___Pai, o que é economia paralela? Eu li no jornal, mas não entendi direito. Tem alguma coisa com  duas retas paralelas? Por que isso eu sei o que é. É assim...
            Na escola, a professora ficava maluca. Cecília perguntava sem parar, respondia sem parar, contava o tempo todo, falava, falava, falava.... Era uma torneirinha constantemente aberta.
            As colegas a adoravam: era amiga, companheira, generosa... Mas como falava! Era difícil agüentar tanto falatório. Pra não magoar Cecília, resolveram: passaram a se revezar no recreio, pra lhe fazer companhia. (...)
            Sua companheira preferida era a fiel boneca Suzi. Essa nunca reclamava, nunca pedia silêncio, nunca se revezava com ninguém. Ficava calada, escutando sempre, paradona.  Não se mexia, nem piscava. Era uma ótima ouvinte.
             ___Veja você, Suzi, o que me aprontaram na aula de Matemática. A professora pediu pra eu dizer a tabuada do 9. Aí eu disse. Aí eu sabia as outras tabuadas e fui falando, uma atrás da outra. Aí quando eu fui perguntar pra ela se estava tudo certo, ela nem estava prestando atenção. Aí eu comecei tudo de novo e ela ficou zangada e me mandou sentar. Só porque ela tinha pedido pra eu dizer a tabuada do 9 e...
            Era mais ou menos assim o dia-a-dia de Cecília. O tempo passando, as coisas acontecendo e Cecília tagarela, tagarelando.
            Um dia, porém, Cecília começou a ficar rouca. E ficou rouquinha da silva. Mas isso não a impedia de falar. E quanto mais falava, mais rouca ela ficava. A mãe pediu, implorou para que a filha se calasse um pouco. Claro, foi tudo em vão.
           O médico receitou montes de remédios, mas sem resultado. Então, resolveram consultar um especialista em cordas vocais. Após o exame, ele explicou que a garota tinha um problema numa das cordas vocais e deveria ser operada:
           ___Operação simples – disse ele. É feita no consultório e a menina pode voltar para casa no mesmo dia. A única recomendação é a seguinte: ela não poderá falar, em hipótese alguma, durante uma semana. Depois disso o caso estará encerrado...         
            Alina Perlman

1-Encontre o significado das palavras abaixo no dicionário:
a)Falatório: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Revezar:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- Responda de acordo com o texto:
     a)  Cecília deixava os pais tontos. O que é que a menina fazia para deixar seus pais assim?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- Releia a frase:
Na escola, a professora ficava maluca.
      b) Por que a professora de Cecília ficava maluca?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Marque com um X a resposta que indica a razão para a professora ficar assim:
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília brigava com suas amigas no recreio todos os dias;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília era uma torneirinha aberta, isto é, chorava sem parar;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília perguntava, respondia, contava e falava sem parar;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília brincava com sua boneca Suzi durante as aulas.



4- As colegas de Cecília não se incomodavam com o falatório da menina.
Essa afirmativa é falsa ou verdadeira? Copie  uma parte do texto que comprove a sua resposta.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
      d) A boneca Suzi era a companheira preferida de Cecília.
Por que Cecília preferia ficar em companhia da boneca? (Cite três motivos):
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 “Um dia, porém, Cecília começou a ficar rouca.”
      e) O que a mãe fez para tentar resolver esse problema de Cecília?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
      f) Após o exame com o especialista, o médico descobriu qual era o problema de Cecília. Qual era o problema da menina?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


A velha e os ladrões
            Era uma vez uma velha que morava nos arredores de um povoado. Uma noite estava se aquecendo junto ao fogo tendo como única companhia as chamas ardentes quando, de repente, ouviu ruídos em cima, em seu quarto. Surpresa, disse:
         ___ Eu diria que há ruídos lá em cima... ou será impressão minha?
         Depois, ouviu claramente passos que iam de um lado para o outro e compreendeu que se tratava de ladrões que tinham ido rouba-la. Como estava sozinha e ninguém podia ajuda-la, começou a pensar:
         ___ O que é que eu poderia fazer para esses ladrões irem embora? Ah, já sei!
        E, decidida, dirigiu-se para o pé da escada e começou a gritar:
         ___ Bernardo, suba para o terraço! Maria, pegue a espingarda!
         ___ Juan, cace-o!
         ___ E você, Pedro, bata neles!
         ___ Ramon, conte quantos são!
        Ao ouvir os gritos da velha, os ladrões se assustaram muito e disseram:
         ___ Olhe que não tem pouca gente nesta casa... É melhor ir embora [...]
        Mais tarde, a velha, sentada diante do fogo, começou a gargalhar... e contam que ainda continua rindo.
( Isabel Sole )

 





Entendendo o texto

Complete o quadro.
Quem é a personagem principal da história?


Onde se passa a história?


Qual foi o problema da história?


Como foi resolvido o problema?


Responda.
1-Onde você acha que estavam Bernardo, Maria, Juan, Pedro e
Ramón?
R:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- Por que a velha riu tanto?
R:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- Procure no dicionário o significado de:
arredores:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________




A VELHA CONTRABANDISTA

Stanislaw Ponte Preta

             Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
             Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:
             ___ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
            A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
            ___ É areia!
            Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.
            Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e , todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
            Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
            ___ Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
            ___ Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
            ___ Eu prometo à senhora que deixa a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
            ___O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
            ___ Juro – respondeu o fiscal.
            ___ É lambreta.

 

COMPREENDENDO O TEXTO

1.      Esse texto é uma:
a) (   ) narrativa                    b) (   ) poesia     
c) (   ) informação              d) (   ) crônica
2.    É um texto que transmite:
a) (   ) momentos de tensão                      b) (   ) comentários policiais         
c) (   ) uma situação de humor                 d) (   ) uma situação triste
3.    Que adjetivos (qualidades) você daria a velhinha:
a) (    ) ingênua               b) (    ) esperta          
c) (    ) caduca                 d) (    ) cansada
e) (    ) otimista                f) (    ) pessimista     
g) (    ) boba                     h) (    ) inteligente
4.    Que adjetivos (qualidades) você  daria  ao policial:
a) (    ) teimoso                            b) (    ) desconfiado     
c) (    ) educado                           d) (    ) ingênuo
e) (    ) compreensivo                  f) (    ) honesto 
g)  (    ) observador                    h) (    ) tolo
5.    O final do texto é surpreendente? Por que?
______________________________________________________________________________________________________________________________
6.    Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?
______________________________________________________________________________________________________________________________
7.    A escrita correta da palavra “espaia” é:
a) (    ) espalia                     
b) (    ) espalha                    
c) (    ) espalhia

8.    Na expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra grifada significa:
a)  (    ) estúpido                  
b) (    ) grande                     
c) (    ) mal educado
9.    Alfândega é o departamento onde:
a)    Cobram-se impostos e taxas de produtos.
b)   Compram-se produtos.
c)    Vendem-se mercadorias proibidas.
10. No Brasil, muitas pessoas se vangloriam de burlar as leis. O que você acha dessa atitude?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Mãe com medo de lagartixa
    Era uma vez uma mãe que tinha medo de lagartixa. No resto, era valente: ficava sozinha, cantava no escuro, tomava sopa quente.
                Era mesmo corajosa: enfrentava barata, discutia com o chefe, tomava injeção toda prosa.
                De bicho de pena e de bicho de pêlo, ela gostava muito. Filho dela podia ter cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário, porquinho da índia. Nem que fosse tudo ao mesmo tempo, ela não se incomodava, até animava, mais ainda inventava.
               Peixe e jabuti, também ela deixava como ninguém. E tinha aquário redondo com peixe vermelho e tinha varanda vermelha com jabuti redondo. Se os filhos descobrissem macaco de asa, ela era capaz de deixar em casa.      
              Se para uma vaca encontrasse lugar, não ia ser ela quem ia atrapalhar.          
              Mas sapo? Minhoca? Perereca? Camaleão? Nem queria saber. Disfarçava e ia se esconder. Os filhos explicavam:
             ___ Mamãe, que é que tem? Um bicho tão bonzinho, não faz nada, olha aí!
            Ela olhava. Mas não gostava.
            E aqueles lagartinhos nas pedras-do-sol?
            ___ Um bichinho à toa, mãe deixava de ser boba!
            Mas aí ela era boba. Tão boba que, no caminho da praia, pelo meio de matinho ia pisando forte e falando alto, fazendo barulho só para assustar os lagartinhos – que saíam correndo, morrendo de medo de uma mulher tão grande e barulhenta.
            Mas o medo maior era o que a mãe tinha de lagartixa.
                                                                                                            Ana Maria Machado
Interpretação do Texto
1) Qual é o título do texto?
 _______________________________________________________________
E o autor? ______________________________________________________



2) Qual era o maior medo da mãe?
R:__________________________________________________ ___________

E sua mãe tem algum medo? _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3)Quais os bichos que aparecem no texto?
R:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
4)Você tem medo de alguma coisa?De quê?
R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Vó caiu na piscina
            De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto:
            ___ Pai, vó caiu na piscina.
            ___ Tudo bem, filho.
            O garoto insiste:
            ___ Escutou o que eu falei pai?
            ___ Escutei, e daí? Tudo bem.
            ___ Ce não vai lá?
            ___ Não estou com vontade de cair na piscina.
            ___ Mas ela ta lá...
            Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho descansado. 
            ___Ta escuro, pai.
            ___ Assim até é melhor. Eu gosto de fumar no escuro. Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo. Pede a sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo, sossegado.
            ___ Pai...
            Meu filho vá dormir.
            ___ Vó ta com uma vela.
            ___ Pois então? Tudo bem. Quando ela sair da piscina, pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.
            ___ Por que ce não acredita no que eu digo?
            ___ Como não acredito? Acredito sim.
            ___ Ce não ta acreditando.
            ___  Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei, tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse?
            ___ Não pai, ce não acreditou ni mim.
            ___Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso. Eu acreditei quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você acha que estou mentindo?
            ___Não te chamei de mentiroso.
            ___ Não chamou, mas está duvidando de mim. Bem, não vamos discutir. Sua avó caiu na piscina e daí? É um direito dela. Não tem nada de mais cair na piscina. Eu só não caio porque estou meio resfriado.
            ___ Ô, pai!!!    
           O garoto saiu desolado. Daí a pouco chega a mãe:
           ___ Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?
           ___Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha,
           ___Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu? Está com uma vela acesa na mão, pedindo que tirem ela de lá, ela está com a roupa encharcada, e se você não for depressa ela morre, Eduardo!
           ___ Como? Por que aquele moleque não me disse isto logo? Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que ela tinha tropeçado, escorregado e caído!
           Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia parar também dentro
d’água :
            ___Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada direito. Falou só que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a senhora estava se banhando.
            ___Está bem Eduardo − disse dona Marieta, saindo da água pela mão do filho, e sempre empunhando vela que conseguira manter acesa. − Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!!!
(Carlos Drummond de Andrade)
Interpretação de texto:
1. Leia o trecho: 
− Pai, vó caiu na piscina.
− Tudo bem filho.
a. O que Nelsinho quis dizer? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________


b. O que Eduardo entendeu?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c. O que causou a confusão?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. No texto, predomina o diálogo, ou seja, as personagens conversam.
    Observe os sinais de pontuação e responda.
a. Para que serve os dois- pontos? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b. Para que serve o travessão?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Qual é o clímax da história? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Você concorda com a fala de dona Marieta quando ela diz que o filho teve “acesso de burrice”? Explique o que entendeu.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Copie o texto no caderno trocando a linguagem coloquial pela linguagem culta.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



  
MARGARIDA FRIORENTA

              Era uma vez uma Margarida num jardim. Quando ficou de noite, a Margarida começou a tremer. Aí passou a Borboleta Azul. A Borboleta parou de voar.
          ___ Por que você está tremendo?
          ___ Frio!
          ___ Oh! É horrível fica com frio e logo numa noite tão escura!
         A Margarida deu uma espiada na noite. E se encolheu nas suas folhas. A Borboleta teve uma idéia. E voou para o quarto de Ana Maria.
          ___ Psiu! Acorde!
          ___ Ah! É você, Borboleta? Como vai?
          ___ Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
          ___ O que é que ela tem?
          ___ Frio, coitada!
          ___ Então, já sei o remédio. É trazer a Margarida pro meu quarto!
A Margarida ficou na mesa de cabeceira. Ana Maria se deitou, mas ouviu um barulhinho. Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo. Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.
        A Margarida continuou a tremer. Ana Maria acordou com o barulhinho. Então Ana Maria descobriu tudo. Foi lá e deu um beijo na Margarida. A Margarida parou de tremer. E dormiram muito bem a noite toda.
                                                                                 Fernanda Lopes de Almeida

01) Responda:

a-  Por que a Margarida começou a tremer?
______________________________________________________________________________________________________________________________
b-  O que a Borboleta fez para a Margarida?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c-   O que você acha que aconteceria a Margarida se ela ficasse no jardim?
______________________________________________________________________________________________________________________________
d-  Quais os personagens da história?
______________________________________________________________________________________________________________________________


Quando o céu fica preto daquele jeito, todo mundo aqui em casa vai ficando preocupado.
A gente pensa que a casa da gente é um lugar seguro e tudo, mas o problema aqui é a chuva. 
Começa a chover e a gente corre para olhar na janela. A água vem vindo assim como quem não quer nada... sobe na calçada... vem mais um pouquinho... aí chega no portão e depois, com os carros que vão passando na rua e fazendo onda, mais a chuva que não para, logo ela entra por baixo da porta da sala.
Aí, é fogo! A gente sai correndo, pegando tudo que pode molhar, que nem blusa e travesseiro, e vai pondo em cima do guarda-roupa e até amarrando no teto!
Chegar lá no teto, que nem naquelas casas afogadas que se vê na televisão, aqui em casa nunca aconteceu. Não sei se isso é uma sorte...
Uma coisa bem ruim não é menos ruim porque tem coisa pior, não é?
Eu gosto de brincar na chuva. Mas o problema que eu descobri é que o legal de brincar na chuva é quando a gente tem um lugar seco pra ficar depois. E isso não tem aqui, não.

Fernando Bonassi. Vida da gente. Editora Formato, p. 20.

1) Nesta crônica, que problema é descrito pelo narrador?
______________________________________________________________________________________________________________________________
2) Leia o título da crônica. O que significa a expressão “é fogo”?

“Quando chove é fogo, viu!”
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Em uma destas frases, a palavra fogo tem significado semelhante ao da frase anterior. Identifique-a.

a) Minha mãe sempre diz que criança deve ficar longe do fogo.

b) Pedrinho é fogo! Toda semana seus pais comparecem à escola porque o menino vive aprontando!

c) Minha cabeça está pegando fogo!



O porquinho feio

               Era uma vez uma mamãe pata que tinha cinco filhotes. Quatro deles eram os patinhos mais lindinhos, fofinhos e amarelinhos que você pode imaginar.
             Mas o quinto era cor de rosa, tinha focinho e um rabinho enrolado.
            “Ele é muito crescido para a sua idade”, pensava mamãe pata. “Será que ele é um filhote de peru como todos dizem?”
             Mamãe pata levou seus filhotes para a aula de natação no lago. Todos os patinhos pularam logo na água, até o cor de rosa, apesar de ele não nadar tão bem como seus irmãos.
            “Bem, aquele patinho com certeza não é um peru!”, pensou sua mãe.
            No dia seguinte, chegou a hora de grasnar. Mamãe pata soltou um QUAC e cada um de seus filhotes a imitou.
            Mas, quando chegou a vez do patinho cor de rosa, no lugar de QUAC, ouviu-se ÓINC!
           ―Ele não é um pato! –gritaram todos. ―Ele é um porquinho feio, e não pertence ao nosso meio!
           E, assim dizendo, enxotaram o porquinho dali.
           Cansado, faminto e abandonado, o porquinho feio vagou durante vários dias em busca de um novo lar.
           Mas nem o passarinho lhe dava atenção.
           ―Suma daqui, seu porquinho feio! – gritavam, assim que o viam.
           Um dia, o porquinho feio chegou a uma fazenda, e viu alguns porcos.
           Aproximando deles falou:
           ― Eu sei que sou um porquinho feio, mas será que posso ficar aqui, morando com vocês?
           ― Um porquinho feio?! – eles exclamaram.
           ―Você é o porco mais lindo que já vimos!
           E, daquele dia em diante, ele viveu feliz para sempre.




Interpretação do texto

1 – Quem são os personagens da história?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2 – Qual foi a primeira lição que a mamãe pata ensinou a seus filhotes?
______________________________________________________________________________________________________________________________

3 – Quando foi que a mamãe pata descobriu que o porquinho não era um pato?Por quê?
______________________________________________________________________________________________________________________________

4 – O que a mamãe e os patinhos fizeram com o porquinho depois da descoberta? Assinale a resposta correta:
(    ) Ensinaram o porquinho a ser como um pato.
(    ) Mandaram o porquinho embora.

5 – Quanto tempo o porquinho vagou à procura de um novo lar?
______________________________________________________________________________________________________________________________

6 – Em que momento da história o porquinho conseguiu ser feliz?
______________________________________________________________________________________________________________________________

7 – A história conta que nem um passarinho quis lhe dar atenção. Copie da história o que o passarinho disse a ele.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


CATAPIMBA

          Vocês hoje vão ficar conhecendo um grande amigo meu: o Catapimba.
                 Está claro que o nome verdadeiro dele não é esse. Onde é que já se viu gente com esse nome?
                  Ele se chama José dos Reis. Mas arranjou este apelido jogando futebol lá na nossa rua.
                Catapimba é o centroavante do nosso time, a Estrela Dalva Futebol Clube.
                Quando pega na bola – e Catapimba sempre pega na bola -, ele avança pelo meio do campo, dribla um, dribla dois, dribla todo mundo e ...Catapimba!...
            Mais um gol para a Estrela Dalva.
                                                           ( Ruth Rocha )
Leia o texto e responda:
a) Quem vocês vão ficar conhecendo?
_______________________________________________________________

b) Que posição Catapimba ocupa no time?
_______________________________________________________________

c) Como se chama o time?
_______________________________________________________________

d) O que Catapimba faz quando pega na bola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2- Marque a resposta certa:

a) O nome verdadeiro dele é:  (   ) Catapimba dos Reis
                                                   (   ) João dos Reis
                                                   (   ) José dos Reis
    
b) Catapimba arranjou esse apelido jogando: (   ) pião na rua
                                                                              (   ) futebol na rua
                                                                              (   ) futebol na escola
3- Retire do texto:
a) A autora __________________________________________
b) O título ___________________________________________
   c) Um nome próprio ___________________________________



                                                   AS ÁRVORES E O MACHADO

           UM HOMEM FOI À FLORESTA E PEDIU AS ÁRVORES QUE LHES DOASSEM
UM CABO PARA SEU MACHADO. O CONSELHO DAS ÁRVORES CONCORDOU COM SEU PEDIDO E DEU A ELE UMA JOVEM ÁRVORE PARA ESTE FIM.
           LOGO QUE O HOMEM COLOCOU O NOVO CABO NO MACHADO COMEÇOU A USÁ-LO EM POUCO TEMPO HAVIA DERRUBADO COM SEUS POTENTES GOLPES AS MAIS NOBRE  E MAIORES ÁRVORES DA FLORESTA.
          UM VELHO CARVALHO, LAMENTANDO A DESTRUIÇÃO, DISSE A ÁRVORE QUE ESTAVA AO SEU LADO:
           ___SE NÓS NÃO TIVÉSSEMOS ATENDIDO AO LENHADOR, DANDO - LHE MADEIRA PARA O CABO DO SEU MACHADO, VIVERÍAMOS AINDA CENTENAS DE ANOS.

  MORAL: QUEM QUER PROTEÇÃO, PROTEJA SEU PRÓXIMO.
                                                                                    FÁBULA DO ESOPO

COMPREENDENDO E INTERPRETANDO O TEXTO

1-RESPONDA:
A)           QUAL O NOME DO TEXTO?

_____________________________________________________________________________________

B)           QUE TIPO DE TEXTO É ESSE?

______________________________________________________________________

C)           O QUE O LENHADOR QUERIA DAS ÁRVORES?

______________________________________________________________________

2- DE QUANTOS PARÁGRAFOS É COMPOSTO O TEXTO?

______________________________________________________________________




3- COPIE O 4° PARÁGRAFO DO TEXTO.
______________________________________________________________________  
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4-  COLOQUE (V) PARA VERDADEIRO E (F) PARA FALSO

    (   )   O LENHADOR PEDIU ÁS ÁRVORES UM CABO PARA SEU MACHADO.

    (    )   AS ÁRVORES NÃO ATENDERAM AO PEDIDO DO LENHADOR.

    (     )   ESSA HISTÓRIA SE PASSA NUMA GRANDE CIDADE.

    5-  COLOQUE AS FRASES EM ORDEM DE ACORDO COM O TEXTO

(     )  LOGO QUE O LENHADOR PREPAROU O CABO DO MACHADO,
COMEÇOU A DERRUBAR AS MAIORES ÁRVORES DA FLORESTA.

(     )  UM LENHADOR FOI Á FLORESTA E PEDIU ÁS ÁRVORES QUE LHE
DESSEM UM CAB O PARA O SEU MACHADO.

(     )  O CONSELHO DAS ÁRVORES CONCORDOU COM SEU PEDIDO E
DEU A ELE UMA JOVEM ÁRVORE PARA ESTE FIM.


                                                                          A tagarela
             Cecília: simpática, alegre, inteligente. Mas como falava! Muito. O tempo todo.
             Sem parar. Cecília, pra resumir, falava pelos cotovelos...
             Deixava os pais tontos, de tantas coisas que tinha pra contar e pra perguntar. Cecília era um poço sem fundo.
             ___Mãe, você sabe da última lá da escola? A Júlia falou pra Ana, que contou pra Helena, que...
            ___Pai, o que é economia paralela? Eu li no jornal, mas não entendi direito. Tem alguma coisa com  duas retas paralelas? Por que isso eu sei o que é. É assim...
            Na escola, a professora ficava maluca. Cecília perguntava sem parar, respondia sem parar, contava o tempo todo, falava, falava, falava.... Era uma torneirinha constantemente aberta.
            As colegas a adoravam: era amiga, companheira, generosa... Mas como falava! Era difícil agüentar tanto falatório. Pra não magoar Cecília, resolveram: passaram a se revezar no recreio, pra lhe fazer companhia. (...)
            Sua companheira preferida era a fiel boneca Suzi. Essa nunca reclamava, nunca pedia silêncio, nunca se revezava com ninguém. Ficava calada, escutando sempre, paradona.  Não se mexia, nem piscava. Era uma ótima ouvinte.
             ___Veja você, Suzi, o que me aprontaram na aula de Matemática. A professora pediu pra eu dizer a tabuada do 9. Aí eu disse. Aí eu sabia as outras tabuadas e fui falando, uma atrás da outra. Aí quando eu fui perguntar pra ela se estava tudo certo, ela nem estava prestando atenção. Aí eu comecei tudo de novo e ela ficou zangada e me mandou sentar. Só porque ela tinha pedido pra eu dizer a tabuada do 9 e...
            Era mais ou menos assim o dia-a-dia de Cecília. O tempo passando, as coisas acontecendo e Cecília tagarela, tagarelando.
            Um dia, porém, Cecília começou a ficar rouca. E ficou rouquinha da silva. Mas isso não a impedia de falar. E quanto mais falava, mais rouca ela ficava. A mãe pediu, implorou para que a filha se calasse um pouco. Claro, foi tudo em vão.
           O médico receitou montes de remédios, mas sem resultado. Então, resolveram consultar um especialista em cordas vocais. Após o exame, ele explicou que a garota tinha um problema numa das cordas vocais e deveria ser operada:
           ___Operação simples – disse ele. É feita no consultório e a menina pode voltar para casa no mesmo dia. A única recomendação é a seguinte: ela não poderá falar, em hipótese alguma, durante uma semana. Depois disso o caso estará encerrado...         
            Alina Perlman

1-Encontre o significado das palavras abaixo no dicionário:
a)Falatório: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Revezar:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- Responda de acordo com o texto:
     a)  Cecília deixava os pais tontos. O que é que a menina fazia para deixar seus pais assim?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- Releia a frase:
Na escola, a professora ficava maluca.
      b) Por que a professora de Cecília ficava maluca?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Marque com um X a resposta que indica a razão para a professora ficar assim:
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília brigava com suas amigas no recreio todos os dias;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília era uma torneirinha aberta, isto é, chorava sem parar;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília perguntava, respondia, contava e falava sem parar;
(   ) A professora ficava maluca porque Cecília brincava com sua boneca Suzi durante as aulas.



4- As colegas de Cecília não se incomodavam com o falatório da menina.
Essa afirmativa é falsa ou verdadeira? Copie  uma parte do texto que comprove a sua resposta.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
      d) A boneca Suzi era a companheira preferida de Cecília.
Por que Cecília preferia ficar em companhia da boneca? (Cite três motivos):
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 “Um dia, porém, Cecília começou a ficar rouca.”
      e) O que a mãe fez para tentar resolver esse problema de Cecília?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
      f) Após o exame com o especialista, o médico descobriu qual era o problema de Cecília. Qual era o problema da menina?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A velha e os ladrões
            Era uma vez uma velha que morava nos arredores de um povoado. Uma noite estava se aquecendo junto ao fogo tendo como única companhia as chamas ardentes quando, de repente, ouviu ruídos em cima, em seu quarto. Surpresa, disse:
         ___ Eu diria que há ruídos lá em cima... ou será impressão minha?
         Depois, ouviu claramente passos que iam de um lado para o outro e compreendeu que se tratava de ladrões que tinham ido rouba-la. Como estava sozinha e ninguém podia ajuda-la, começou a pensar:
         ___ O que é que eu poderia fazer para esses ladrões irem embora? Ah, já sei!
        E, decidida, dirigiu-se para o pé da escada e começou a gritar:
         ___ Bernardo, suba para o terraço! Maria, pegue a espingarda!
         ___ Juan, cace-o!
         ___ E você, Pedro, bata neles!
         ___ Ramon, conte quantos são!
        Ao ouvir os gritos da velha, os ladrões se assustaram muito e disseram:
         ___ Olhe que não tem pouca gente nesta casa... É melhor ir embora [...]
        Mais tarde, a velha, sentada diante do fogo, começou a gargalhar... e contam que ainda continua rindo.
( Isabel Sole )

Entendendo o texto

Complete o quadro.
Quem é a personagem principal da história?


Onde se passa a história?


Qual foi o problema da história?


Como foi resolvido o problema?


Responda.
1-Onde você acha que estavam Bernardo, Maria, Juan, Pedro e
Ramón?
R:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- Por que a velha riu tanto?
R:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- Procure no dicionário o significado de:
arredores:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________




A VELHA CONTRABANDISTA

Stanislaw Ponte Preta

             Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
             Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:
             ___ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
            A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
            ___ É areia!
            Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.
            Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e , todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
            Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
            ___ Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
            ___ Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
            ___ Eu prometo à senhora que deixa a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
            ___O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
            ___ Juro – respondeu o fiscal.
            ___ É lambreta.

 

COMPREENDENDO O TEXTO

1.      Esse texto é uma:
a) (   ) narrativa                    b) (   ) poesia     
c) (   ) informação              d) (   ) crônica
2.    É um texto que transmite:
a) (   ) momentos de tensão                      b) (   ) comentários policiais         
c) (   ) uma situação de humor                 d) (   ) uma situação triste
3.    Que adjetivos (qualidades) você daria a velhinha:
a) (    ) ingênua               b) (    ) esperta          
c) (    ) caduca                 d) (    ) cansada
e) (    ) otimista                f) (    ) pessimista     
g) (    ) boba                     h) (    ) inteligente
4.    Que adjetivos (qualidades) você  daria  ao policial:
a) (    ) teimoso                            b) (    ) desconfiado     
c) (    ) educado                           d) (    ) ingênuo
e) (    ) compreensivo                  f) (    ) honesto 
g)  (    ) observador                    h) (    ) tolo
5.    O final do texto é surpreendente? Por que?
______________________________________________________________________________________________________________________________
6.    Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?
______________________________________________________________________________________________________________________________
7.    A escrita correta da palavra “espaia” é:
a) (    ) espalia                     
b) (    ) espalha                    
c) (    ) espalhia

8.    Na expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra grifada significa:
a)  (    ) estúpido                  
b) (    ) grande                     
c) (    ) mal educado
9.    Alfândega é o departamento onde:
a)    Cobram-se impostos e taxas de produtos.
b)   Compram-se produtos.
c)    Vendem-se mercadorias proibidas.
10. No Brasil, muitas pessoas se vangloriam de burlar as leis. O que você acha dessa atitude?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________














Mãe com medo de lagartixa
    Era uma vez uma mãe que tinha medo de lagartixa. No resto, era valente: ficava sozinha, cantava no escuro, tomava sopa quente.
                Era mesmo corajosa: enfrentava barata, discutia com o chefe, tomava injeção toda prosa.
                De bicho de pena e de bicho de pêlo, ela gostava muito. Filho dela podia ter cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário, porquinho da índia. Nem que fosse tudo ao mesmo tempo, ela não se incomodava, até animava, mais ainda inventava.
               Peixe e jabuti, também ela deixava como ninguém. E tinha aquário redondo com peixe vermelho e tinha varanda vermelha com jabuti redondo. Se os filhos descobrissem macaco de asa, ela era capaz de deixar em casa.      
              Se para uma vaca encontrasse lugar, não ia ser ela quem ia atrapalhar.          
              Mas sapo? Minhoca? Perereca? Camaleão? Nem queria saber. Disfarçava e ia se esconder. Os filhos explicavam:
             ___ Mamãe, que é que tem? Um bicho tão bonzinho, não faz nada, olha aí!
            Ela olhava. Mas não gostava.
            E aqueles lagartinhos nas pedras-do-sol?
            ___ Um bichinho à toa, mãe deixava de ser boba!
            Mas aí ela era boba. Tão boba que, no caminho da praia, pelo meio de matinho ia pisando forte e falando alto, fazendo barulho só para assustar os lagartinhos – que saíam correndo, morrendo de medo de uma mulher tão grande e barulhenta.
            Mas o medo maior era o que a mãe tinha de lagartixa.
                                                                                                            Ana Maria Machado
Interpretação do Texto
1) Qual é o título do texto?
 _______________________________________________________________
E o autor? ______________________________________________________



2) Qual era o maior medo da mãe?
R:__________________________________________________ ___________

E sua mãe tem algum medo? _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3)Quais os bichos que aparecem no texto?
R:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
4)Você tem medo de alguma coisa?De quê?
R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Vó caiu na piscina
            De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto:
            ___ Pai, vó caiu na piscina.
            ___ Tudo bem, filho.
            O garoto insiste:
            ___ Escutou o que eu falei pai?
            ___ Escutei, e daí? Tudo bem.
            ___ Ce não vai lá?
            ___ Não estou com vontade de cair na piscina.
            ___ Mas ela ta lá...
            Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho descansado. 
            ___Ta escuro, pai.
            ___ Assim até é melhor. Eu gosto de fumar no escuro. Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo. Pede a sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo, sossegado.
            ___ Pai...
            Meu filho vá dormir.
            ___ Vó ta com uma vela.
            ___ Pois então? Tudo bem. Quando ela sair da piscina, pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.
            ___ Por que ce não acredita no que eu digo?
            ___ Como não acredito? Acredito sim.
            ___ Ce não ta acreditando.
            ___  Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei, tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse?
            ___ Não pai, ce não acreditou ni mim.
            ___Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso. Eu acreditei quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você acha que estou mentindo?
            ___Não te chamei de mentiroso.
            ___ Não chamou, mas está duvidando de mim. Bem, não vamos discutir. Sua avó caiu na piscina e daí? É um direito dela. Não tem nada de mais cair na piscina. Eu só não caio porque estou meio resfriado.
            ___ Ô, pai!!!    
           O garoto saiu desolado. Daí a pouco chega a mãe:
           ___ Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?
           ___Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha,
           ___Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu? Está com uma vela acesa na mão, pedindo que tirem ela de lá, ela está com a roupa encharcada, e se você não for depressa ela morre, Eduardo!
           ___ Como? Por que aquele moleque não me disse isto logo? Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que ela tinha tropeçado, escorregado e caído!
           Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia parar também dentro
d’água :
            ___Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada direito. Falou só que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a senhora estava se banhando.
            ___Está bem Eduardo − disse dona Marieta, saindo da água pela mão do filho, e sempre empunhando vela que conseguira manter acesa. − Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!!!
(Carlos Drummond de Andrade)
Interpretação de texto:
1. Leia o trecho: 
− Pai, vó caiu na piscina.
− Tudo bem filho.
a. O que Nelsinho quis dizer? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________


b. O que Eduardo entendeu?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c. O que causou a confusão?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. No texto, predomina o diálogo, ou seja, as personagens conversam.
    Observe os sinais de pontuação e responda.
a. Para que serve os dois- pontos? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b. Para que serve o travessão?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Qual é o clímax da história? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Você concorda com a fala de dona Marieta quando ela diz que o filho teve “acesso de burrice”? Explique o que entendeu.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Copie o texto no caderno trocando a linguagem coloquial pela linguagem culta.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________